Abri a gaveta da cozinha em busca da bolacha que meu pai costumava comprar.Sabia que não teria. Entrei no computador pra buscar um novo amor. Cozinhei a salsicha em busca do gosto de macarrão. Esperei mensagem de madrugada. Dei dinheiro ao mendigo em busca de salvação e agradecimento. Olhei-lhe no espelho de lado, pra ver se o perfil ajudava. Acordei para ver o mar. Tentei procurar em meus armários roupas que nunca pude ter. E cartas também. “Onde está o perfume que eu gostei e nunca tive?”. Enxuguei a louça buscando orgulho. Fui a pé mas queria ir de carro. Hoje, um só meu. Atendi ao telefone com um novo jeito de dizer “alô” só para te agradar. Era engano. Acendi ao cigarro buscando conforto e bem estar. Abri a porta e não te vi.
Tem certos dias que eu me pergunto “Sou o único a esperar pelo improvável?”. Talvez.
Imagine pelo impossível.
Guilherme Vilaggio Del Russo
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Um comentário:
De boas que você arrasou muito nesse texto. Não consigo formular no momento nenhuma opnião sobre, mas tá bom demais.
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