sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Olá, 22 anos.

A boa vontade velada com o cego, a nova pintura de casa e esse violão preto me fazem acreditar um pouco mais no mundo. Eles são o aspecto imperceptível de uma alegria minha que teima em se esconder ás vezes. Estar de bem com o espírito e com o mundo não é nada mal. Um mundo que pesa demais. Que almeja de menos. Mas, é sempre bom ir contra a corrente.

Espero passar mais tempo com meu pai. Ou pelo menos dizer que vou passar e poder bebericar umas a mais. E não precisar arcar com as consequências, contas e causalidades. Algumas coisas eu deixei para trás, outras eu deixei passar mesmo. Você fica mais velho e a primeira coisa que a vida te dá são só escolhas. Nada muito concreto, com exceção das chaves deste Celta 1.0. Sempre foi sofrido e agora não há de ser diferente. Mais uma primavera para ver e passear no Ibirapuera.

Não há limite de altura mesmo a aqueles que optam pelo raso pé no chão. Viu como dá pra crescer e sonhar alto? Você determina seu sonho não pela intensidade a qual o sonha, mas pela qual você o vive. E isso é o que faço de melhor. Olá, 22 anos.

Guilherme Vilaggio Del Russo