quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

meus próximos 12 meses.

Comecei o ano no shuffe. Claro, nada mais óbvio para alguém como eu que não consegue tomar uma decisão com facilidade. Deixei as escolhas a esmo. Ele normalmente tem a razão. As músicas que tocam tem caído bem. Me feito bem. A gente vive ouvindo a mesma música por tanto tempo que esquece de abrir, um poquinho que seja, os olhos para o redor. Ou os ouvidos.

Pra este 2012 escolhi que preciso de foco. Preciso aprender a abrir mão, a ter prioridades, a dizer não. É difícil, são 23 anos tentando não desagradar ninguém. "Mas a vida é assim, Guilherme, deixa de ser muleque". Palavras do meu subconsciente. Ok, nada de auto-piedade, essa nunca foi uma das minhas qualidades mesmo.

Este ano não quero abdicar do meu direito universal de sonhar. Tendo sido tão racional nos últimos tempos que sou pura matemática. Certa, correta, precisa, que não deixando sombra de dúvidas. Chata, no final das contas. Quero me perdoar mais, conhecer quem está me esperando, aprender o que sempre fui contra, acreditar mais em superstições e pedir desculpas a Deus. Sim, cada vez estamos mais distantes. Mas trata-se de uma relação de confiança, cada um trabalha do seu lado. Ás vezes de auto-confiança. Em excesso. E aí, nessa hora ele vem me lembrar que não importa as decisões que eu tome, as prioridades que eleja, as coisas que vou optar por abrir mão, a vida vai ser esse eterno shuflle. Vai sempre tocar a música que eu preciso ouvir.

A escolha é minha. E eu opto por escolher quem, o que e quando, somente no momento que tiver de ser. 2012, vem cá dar um abraço. Será do caralho.

Guilherme Vilaggio Del Russo