quinta-feira, 25 de março de 2010

Letícia.

É tarde da noite e a luz de apaga de mais um quarto incomum. Uma mistura de princípios e fechamentos. Fim do espetáculo da vida, da dor e angústia. E começo da saudade, exceção esta que de tão importante, não tem fim. Dois jovens olhos verdes que se perderam na imensidão da música forte chamada Luta. O cansaço de um hospital que resulta num sono de mentira. Eu sei. A ficha cai e o mundo não é "conto de fadas" como diz a música. E se for, o autor não somos nós. A gente começa a se perguntar pra Deus porque de tanta injustiça. A gente também sabe que ele não responde, mas nessa altura do campeonato, o que temos a perder?

Palavras que neste momento são só parte de um vocabulário. 3 parágrafos que eu gostaria de substituir com um abraço. Sei que nessas horas vem a pergunta: "E amanhã?".Esqueça. Chore o hoje e sorria com o ontem. Pegue a lista e termine. Não deixe mais isso incompleto. Perceba o quanto isso é especial e veja que tem nas mãos uma possibilidade que ninguém tem: a de continuar.

Que você tenha coragem o suficiente para saber que fez o que estava ao alcance de mãos sem luvas cirúrgicas. Caminhe sempre e traga ela onde nunca deixou de estar: no coração e na mente.
Que você tenha a fé que não tenho. Me disseram que Deus sabe o que faz e é mais cômodo pensar assim. E que você lute, como ela lutou. Mais: que você vença, como ela venceu. Pense em uma coisa: os bons se vão logo. Ficam aqueles que tem muito a aprender.

Ao amigo Renato Max,
Guilherme Vilaggio.

Nenhum comentário: