segunda-feira, 20 de julho de 2009

tenha fé.

Eu bem que poderia inventar um monte de besteiras para dizer que gosto de estar só. Eu poderia mentir para mim mesmo e dizer que é necessário passar por isso. Mas não. É só tempo para refletir. Não quero conselhos, mas se me permitem, peço-lhes algo (e alguém) no que pensar. Quando coisas que nos trazem lágrimas se repetem é porque algo de ruim ainda persiste em nós, e não nos outros. E não adianta recorrer a parques ou coisas do gênero. Momentos cults que só existem em livros. Estarei nos mesmos lugares onde gosto de estar, pensando em como não transpirar emoções. Sinto-me pronto para uma viagem de aventura. Eu só não sei o caminho.

Frustro-me com ligações perdidas que eu só ousei sonhar. Um sonho onde eu, ironicamente, não estaria só. A verdade é que a vida não passa de uma comédia romântica que não tem a mínima graça. Acho que posso ser egoísta e me dar esse tempo. Um tempo para acordar terrivelmente tarde e ver que ainda está frio lá fora. E aqui dentro, se é que me entendem. Talvez um tempo para me enganar de novo. Queria sentir bem menos. Estou cansado de viver inteiro e deixar coisas (e pessoas), pela metade.

Guilherme Vilaggio Del Russo

Um comentário:

Otavio disse...

Caraa,gostei demais desse seu texto, me identifico bastante !