quinta-feira, 15 de abril de 2010

Máquina (Lotus)

O cheiro da gasolina me faz tão bem. Esse odor de vingança e de vitória se misturando, também. A ignição que, na verdade, não começa absolutamente nada. Só indica o fim. De um tempo sofrido, de um tempo de feridas que ainda não estavam curadas. Como é bom sentir o destino em suas mãos. O ir e deixar de ir que agora só pode ser culpado pelo cansaço. Sinto um alívio no peito. E nos pés. Deixo de carregar um peso nas costas proporcional aquele que eu era para terceiros.

Nunca fui de pedir favores. Mas se puder proporcionar aos outros, fico feliz. Vou retribuir cada tempo gasto em atravessar essas ruas nem sempre tão simpáticas. Essa sensação de "Eu Cheguei Lá!" é fantástica. Aliás, eu ainda vou saber se é. Eu chegava sempre andando.

Um sonho que se realiza e que se move, na velocidade do necessário. É bom sentir esse orgulho egoísta, capaz de atropelar quem nunca acreditou. Todo mundo sabe que não dá pra ficar parado nessa vida. E é agora que não irei mesmo.

Guilherme Vilaggio Del Russo

2 comentários:

Mônica Mondo disse...

parabens e juizo no transito né? gosto muito dos seus textos. sucesso!!!

Tamara Oliveira disse...

Sonhar é preciso. E quem diz que não, é bamba.Se é q me entende..rs..

Parabéns querido!

Tamy.