segunda-feira, 14 de outubro de 2013

o lápis da vida

faz algum tempo que tenho andado por aqui. Sem desejar muito. Sem esperar tanto. Muitos círculos, pouca velocidade. Apareço em poucas histórias e pouco tenho feito para construir as minhas. Parado no meu trânsito imaginário. Me esforço em comprar livros que não leio. E me esforço ainda mais para buscar razões para isso. Não tem sido fácil. Acho que faz parte da natureza humana o boicote a si mesmo. Até porque, o que pode ser pior que o sentimento de fracasso ao final? Talvez a incerteza do começo, vai saber. E assim, meio que na banguela, eu opto pela auto piedade. E pela rotina.

o dia em que as coisas vão pelos ares está ali, me esperando. A coincidência fica pelo fato de eu também estar esperando por ele. Inimaginável não pensar nesse encontro. Tenho tantas ideias, tantas vontades. E também preguiça. Não são poucas as vezes que vejo um apontador em cima da minha mesa. Só me falta a coragem para recomeçar a escrever.

Guilherme Vilaggio Del Russo

6 comentários:

Ju (Dory) disse...

Não importa quando recomeçar, sempre vai ter alguém pra ler!

Helena Rodrigues disse...

Quem espera demais, às vezes, se decepciona na mesma proporção. De qualquer forma, eu ainda prefiro ser otimista. ;)

luisa disse...

É mt bom ter você de volta a escrever ! Gosto mt dos seus textos, use mais esse seu talento !

Antônio Fernandes disse...

Olá Guilmerme,

Faz tempo que lhe escrevi e hoje é impossível não deixar minha impressão. Dias ruins imagino.
Queres um idéia, pois opiniões são as nossas. COMPRE UMA MOTO e vá viajar. Quem sabe ela [a moto] lhe coloque como parte da paisagem e não longe dela. Um forte abraço.

Antônio Fernandes disse...

... para finalizar. Isso ajuda a apontar o lápis.

Anônimo disse...

Cara, achei impressionante como essas suas palavras conseguiram me atingir, sou eu isso tudo que escreveu, acabei de sair de um espetáculo que questiona o amor contemporâneo e sabe aqueles dias em que tudo parece que é pra vc, todos acontecimentos se direcionam para o seu ser. Super me vi no seu post, e me inspirou a escrever em um caderno de artista que tenho de uma disciplina da faculdade de teatro. Mas valew, abraços.

Rmoura