sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Verbo Amar

Impessoal. Imperfeito e subjuntivo, subjetivo. Prefiro chamá-lo de irregular. Nunca um verbo foi tão mal usado no presente. Ele me indicativo, quando é radical. Indica qual caminho, pra onde ir, quem escolher. E poucas vezes o usamos também no futuro.

Deixaram de gostar, de adorar. Tudo se ama. Eu o uso em primeira pessoa pra explicar como a terceira importa para mim. Também usado no segundo após o beijo. Se usado na segunda pessoa, te causa boa impressão. Não deveria ser usada só na segunda. Mas sim nas terças, quartas, quintas e por aí vai. É sempre bom surpreender.

Ah, ele também é imperativo! E hiper-ativo. Quem nunca viu um dia mais colorido quando se ama de verdade? Só porque, partindo do princípio que o partícipio “Amado” é inflexível, as pessoas também deveriam ser? Tempo verbal mal! Usado e abusado pela primeira pessoa do plural.

Sou contra aqueles que dizem que ele é verbo simples! Nunca! Ele sempre é e vem composto. Composto com outros sentimentos, emoções e sorrisos. Tem forma nominal, mas o seu nome é segredo. Como algo tão complexo e infinitivo pode perder tanto seu significado hoje em dia? Parece que não tenho mais voz, então me junto as outras vozes verbais, e digo: Ele não se explica. Ele se sente. Mas hoje não mais, se valoriza! Ponto final.


Guilherme Vilaggio Del Russo

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