e nessas horas inversamente proporcionais a saudade
mantendo a forma eu vou mentindo,
em torno de alguns relâmpagos de questões mal-resolvidas
em algum lugar dessa vida,
eu canto em algum canto e mantenho a obsessão pelo não-óbvio, esse carinho pelo simples, rodiado a verbos e sujeitos irregulares com algum sentido literal.
tudo se nota, tudo se anota e é passível de nota. Por quê? Pra quê? Paro e bocejo a mesmice ao mesmo tempo que respito insensatez. Renomeio o medo, e rasgo contratos de pudor. Sou o fruto maduro da Terra do Nunca. E do pra sempre.
canetas roubadas, tão companheiras em uma sexta perdida substituindo mulheres e seus problemas de meninas. Pontuo-me e finjo não ver luz no fim do túnel. Te dou razão porque isso eu nunca tive. Grito quase sozinho, irreverente e irritado: "Independência ou ônibus!"
abraço o mundo bem forte para ele não escapar! Um mundo onde nada se apega, mas tudo se apaga. De um mundo que é tudo. Menos meu. Tudo isso com pinta de ser concreto, quando era pra ser sonho. Toda essa grandiosidade com o tamanho da nossa intenção dentro de um lugar chamado, vidarejo.
Guilherme Vilaggio Del Russo
sexta-feira, 15 de maio de 2009
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2 comentários:
"...e nessas horas inversamentes proporcionais a saudade mantendo a forma eu vou mentindo..."
"...abraço o mundo bem forte para ele não escapar! um mundo onde nada se apega, mas tudo se apaga..."
E assim agente vai vivendo...
Besitosss!!! Love you!!!
=]
Além das estrelaas *.*
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