quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Veio com a chuva
Milena Lieto Samczuk
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Mas a Esperança persiste em dormir do meu lado...
Olho para inúmeras janelas e vejo olhos cintilantes, alguns quase piscando no ritmo de seus pensamentos. São olhos com um certo vazio, sem expressão, como se quisessem, que este dia acabasse logo para que, sem demora, pudessem viver o outro dia, esperando por surpresas que eles mesmo tem absoluta certeza que não vão acontecer. Eles buscam sonhos que não vão se realizar, pelas mesmas ruas e calçadas que passam todos os dias, nos mesmos horários e com a “farda” de serem adultos. Estão no caminho errado, isso é fato.
Que grande bobagem!Tenho absoluta certeza que de que se perguntar a eles: “Ei, porque não joga tudo pro alto e vai buscar o que te faz feliz?”, eles me responderão numa mentira quase ilusória, mas certamente covarde: “Sou feliz assim.”. Mas não são. Eu vejo, vejo sim, vejo cantos serem entoados em baixo volume, vejo versos narrados e contidos com pudor, vejo conversas que nunca serão travadas.
Mais um dia chato. Saímos com a certeza da certeza de que não teremos incertezas. Complexo não? Este é o ser humano, com seus olhos cintilantes alguns quase piscando no ritmo de seus pensamentos. Se todos, por favor me incluam neste meio, vivêssemos nossos sonhos, o mundo seria uma somatória de grande sonhos-realidade. Mas a realidade é oposta.
Fui obrigado por uma mão inquieta, sedenta por um texto que pudesse mostrar que ainda dá tempo para mudar, apesar deste cotidiano “vazio no olhar”. Tenho esperança. Ah, essa maldita que persiste em dormir ao meu lado...
Guilherme Vilaggio Del Russo
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Pai...
Venho a público dizer que, apesar de algumas reclamações, não troco nenhum dos nossos poucos domingos passados juntos, de tarde, vendo o futebol-nosso-de-cada-dia, nosso chimarrão e as bolachas de chocolate. Não quero, tampouco, o fim de nossas conversas sinceras, sermões, nem de nossas brigas. Elas me fizeram chorar, sorrir, questionar, melhorar. Mas enfim, me formaram como sou. Mas do que isso, você me ensinou o que é preciso para ser um homem de verdade. E também foi homem para me obrigar a nunca me contentar com a mesmice, mas também foi menino para me pedir ajuda ( “Filho, só somos eu eu você agora, me ajuda..” ), quando meu avô nos deixou.
Herdei de você este medo de chorar na frente dos outros, o não “Saber perder” e um humor sarcástico ( além da miopia e da barba tão falhada ). Mas o que realmente levo comigo é o ensinamento que estamos nessa vida de passagem e que eu tenho poucas chances, como essa, de dizer sinceramente que te amo. Que eu sei que você não ficará aí para sempre, mas que em essência você continuará comigo.
Parabéns, que possamos abrir esta garrafa de Champagne, mais inúmeras vezes.
Te quiero viejo, con todo amor,
Guilherme Vilaggio Del Russo.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
A gente é do tamanho dos nossos sonhos.
Sonhar é se aproximar de um futuro que parece distante, é forma de não cometer erros futuros, é estar mais perto de Deus e saber ouvi-lo, é abrir a porta do querer e poder, é traçar caminhos e alcançar objetivos.Já imaginou se usássemos todo o tempo que costumamos nos queixar para chegar um pouco mais perto deles? Sonhar também tem seu preço. Consigo ver nos olhos de alguns uma mágoa, eternas decepções de não terem chego lá, de terem se perdido no meio do caminho. Acostumaram-se com um sorriso discreto, de canto da boca, com uma vida sem expectativa, vidinha-mais-ou-menos. E depois, estas mesmas pessoas vêm dizer, mentirosas, que não tiveram tempo, que não tiveram chances, ou que não puderam. Não, não me digam que não podem!
Faço do meu sonhar o meu café da manhã, indispensável, de todos os dias. Sou egoísta a ponto de me dar 5 minutos diários para ser quem eu quiser, de me permitir sorrisos sinceros, de abrir o coração pra mundo, de não ter pudor de ir adiante. Faço do meu sonhar meu ganha pão, para que depois o meu ganha pão seja fruto do meu sonhar (de hoje). Este meu sonhar, é o jeito nada tímido de dizer ao mundo “Sou gente grande”, sem perder o espírito e o brilho nos olhos de um menino. Sonhos... quem não os têm não sabe o que real significado de viver. Ah, e não me digam que não podem. Por favor, não mintam para si mesmos.
Você é do tamanho do seu sonho.
Guilherme Vilaggio Del Russo
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Eu sou feita de vontades
Abandonada aos meus próprios calcanhares eu entendi que o meu caminho nunca ultrapassou o ponto de partida. Sigo parada, com pés de estacas, cravados na terra.
Não sei o que vou pedir quando eu ver uma estrela solitária no céu. Justo eu que estou sempre querendo alguma coisa. E quando não houver mais nada para querer? Acho que deixo de existir. Eu sou feita de vontades. E você?
Milena Lieto Samczuk
"Eles só não se pertencem mais..."
Ele até poderia perguntar: “ O outro te faz sorrir?”, mas ouviria dela, de modo seco e sincero: “O outro não me faz chorar”, e ela teria toda a razão. Ele a abandonou e hoje ele é o retrato do abandono. O Abandono dos sentimentos, das lembranças boas e ruins, do prazer caso estivessem juntos. Ele continua a se desculpar, mas isso já não tem mais sentido.
É claro que eles vão se ver, é claro que eles não se esqueceram e algumas músicas continuarão tendo o mesmo sentido de antes. Mas do que importa esse passado se o que vale é viver intensamente o hoje? “Eles ainda pensam um no outro, apenas não se pertencem mais.”Sempre vai existir amor, ele só não será usado.
Guilherme Vilaggio Del Russo
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Dejavú
É, quem sabe não seja você a minha nova foto no mural.
Adendo ao texto, algumas horas depois:
É triste conquistar aquilo que temos certeza que nunca será nosso.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Leve e à vontade como as nuvens que tomam a forma daquele rosto. Eu vou me jogar ao vento, ao acaso do momento.
Milena Lieto Samczuk
"Não há novas mensagens..."
E qual a nossa tristeza quando vemos simplesmente que em nossas vidas, não “Há novas mensagens”. Que ainda buscamos nas últimas ligações, números que já não condizem com a realidade, que já não fazem sentido algum. Ah, que atire a primeira pedra quem nunca buscou no celular uma chamada perdida! Uma esperança te invade, você se prepara para que o desconhecido lembre-se de você. Simplesmente, “não há novas mensagens”.
“Você tem <>, um recado novo”, e o recado é meu. Com o passar do tempo você aprende que quanto mais ligações fazemos, mais difíceis de que elas nos retornem. Quem procura, não acha, mas quem deseja, realiza. Cliquemos menos no chamar e mais no tão somente atender. Apague as últimas ligações, inclua novos números, talvez seja a hora de estarmos menos “ocupados” em achar a pessoa certa. A gente aprende que, ser feliz, é receber apenas uma, ( não duas, nem três, quem dirá 7 mensagens!), mas apenas uma que sempre fará a diferença.
Deixe seu telefone para lá.
Quando você menos esperar, ele vai tocar...
Saber esperar é virtude de poucos!
Guilherme Vilaggio Del Russo
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Passado mais que perfeito.
Sinto noltalgia daquilo que ainda virá...
Guilherme Vilaggio Del Russo.