Os meus dedos inquietos estão loucos para gritar, enquanto a minha voz falhada, de egoísta que é, resolveu ficar na garganta para não produzir som algum. Estou vazia sim, e não sobrou uma palavra sequer. Soltei tudo quando vi o meu maior problema resolvido, o nó mais fechado se afrouxar até se soltar por completo. Soltei com ele toda a minha fúria, toda a minha revolta. Agora não tenho pelo que lutar. Não tenho mais a necessidade de incendiar uma revolução em ninguém.
Abandonada aos meus próprios calcanhares eu entendi que o meu caminho nunca ultrapassou o ponto de partida. Sigo parada, com pés de estacas, cravados na terra.
Não sei o que vou pedir quando eu ver uma estrela solitária no céu. Justo eu que estou sempre querendo alguma coisa. E quando não houver mais nada para querer? Acho que deixo de existir. Eu sou feita de vontades. E você?
Milena Lieto Samczuk
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Um comentário:
É, acho que eu também.
Mas sei lá, sou mais feita de 'possibilidades' do que de vontades, entende?
É, eu sei que não.
Também não entendi.
Enfim, o texto tá foda.
Eu gosto do sei 'jeito' de escrever.
beijoo ;*
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