quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Preto e Branco

Era óbvio demais esperar demais que você me atendesse no final daquela tarde então liguei só para ouvir cair na caixa postal. Eu e ela já somos amigos íntimos.Afinal, quem sente saudades por aqui, sou eu mesmo, sempre. Juro que não te entendo, muito menos me entendo do porque de eu continuar te procurando.O que mais me chamou a atenção em você é a mesma coisa que hoje que nos impede de estar de mãos dadas. A diferença. Do meu sentir, do seu desligar.

Te ver é algo como me olhar no espelho e ver o reflexo invertido. Ao mesmo tempo que é me completar. Você é o sujeito (simples, feminino) da minha oração. E pensando bem, também é a minha oração de noite. O Vice e o versa, o sol a e chuva, a montanha e a praia, preto e o branco, e vice-versa. Engraçado que sem um, não existe o outro. É a arte imitando a vida.

Então, pego meu copo de alcóol (e você, de leite) e brindamos essa eterna distância, que nos une, que nos atrai, que nos separa. Afinal eu procuro o novo, e você é a última tecnologia. Sem manual, é claro.

A Matemática e a Gramática. Assim sou eu e você. Parecidos na pronúncia, distantes na prática.