sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
A vida como ela é.
sábado, 13 de novembro de 2010
Côncavo e Convexo.
domingo, 24 de outubro de 2010
Pra nós, da juventude.
domingo, 3 de outubro de 2010
Eu, meu Celta e a inspeção veicular.
Ao passar pelo posto Shell, não pude deixar de observar o custo elevado para colocar alguns litros de álcool. Olhei para a minha carteira que me olhou de volta quase suplicando "não me abra", mas tive que deixar 20 reais para continuar viagem. Então, optei por reprovar o preço abusivo do álcool em um dos países que mais tem plantação de cana no mundo.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Olá, 22 anos.
Espero passar mais tempo com meu pai. Ou pelo menos dizer que vou passar e poder bebericar umas a mais. E não precisar arcar com as consequências, contas e causalidades. Algumas coisas eu deixei para trás, outras eu deixei passar mesmo. Você fica mais velho e a primeira coisa que a vida te dá são só escolhas. Nada muito concreto, com exceção das chaves deste Celta 1.0. Sempre foi sofrido e agora não há de ser diferente. Mais uma primavera para ver e passear no Ibirapuera.
Não há limite de altura mesmo a aqueles que optam pelo raso pé no chão. Viu como dá pra crescer e sonhar alto? Você determina seu sonho não pela intensidade a qual o sonha, mas pela qual você o vive. E isso é o que faço de melhor. Olá, 22 anos.
Guilherme Vilaggio Del Russo
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Ímpar (A dor do Mário).
do que a dor de ser ímpar
de não se ter destinatário
e coração que não se limpa
Não há dor que doa mais
do que a dor de ser ímpar
de ter que rir de si mesmo
porque a vida não se anima
da rua calada que me mima,
vestígios de uma noite longa
que eu ainda vou lembrar
porque, não me acostumo a aceitar:
Não há dor que doa mais
do que a dor de ser ímpar
Guilherme Vilaggio Del Russo
texto para Mário Benedetti, autor de "Triste o Buena".
sábado, 12 de junho de 2010
Era você, de Aracaju.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Em um dia de frio.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Máquina (Lotus)
quinta-feira, 25 de março de 2010
Letícia.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Eu e o Luciano Huck
Que me importa se ainda persiste a guerra entre afegãos e norte-americanos? Dane-se, eu quero mesmo é Calvin Klein assinado em minhas cuecas. Sou o que visto e para me sentir mais ousado, uso golas em V. Hoje, arriscar siginifica participar da loteria. Somos a merda de um cartão de apresentação de empresa. Quanto mais palavras na descrição do cargo, mais cansado você se sentirá e menos fará. Estamos em um momento dominado por presunçosos ou por workholics. Não encontramos um meio termo, nem tempo. Minto. Encontramos sim, e nos boicotamos gastando horas vendo televisão, lamentando a tragédia chilena e agradecendo a Deus por isso ter sido com eles. A Tv me ensina que eu só posso ser feliz se for escolhido pelo Luciano Huck para reformar a minha casa. Quero que você se exploda, Luciano. É fácil fazer com o dinheiro dos outros, a gente vê isso em Brasília. Old school demais, meu caro.
Meu extrato bancário é meu indicador de felicidade e minha poupança, a visão do futuro. Louvamos a cultura estrangeira (que nos pisa na mesma proporção real X euro). Somos bombardeados com publicidade inútil e corrosiva, criando necessidades absurdas. Cara, eu vejo tanto potencial perdido nas plantações de cana. Os falsos heróis estão na TV. Os de verdade, na linha vermelha. Todos os dias alimento meu roteiro de um filme de drama com o noticiário. Todos os dias eu acordo, jogo água na cara e me prometo deixar a marca no mundo, como um ferro em brasas. Eu nunca consigo. Eu preciso mudar. Eu e o mundo.
Guilherme Vilaggio Del Russo
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Sr. Excelentíssimo Grandíssimo Corrupto
Fazem 6 meses que apagamos essa palavra do dicionário brasileiro graças a uma ação judicial. Voltamos a ter a mentalidade da ditadura militar. 6 meses que jornais (Estadão, principalmente) e veículos de mídia são proibidos de criar, pensar ou veicular notícias referentes a uma tal "Operação boi-barrica". São problemas envolvendo a família do senhor Excelentíssimo Grandíssimo Corrupto, José Sarney, que indicam falsiodade ideológica, transições internacionais milionárias por debaixo dos panos, desvios de verba pública entre outras com típico tempero Brasuca. Um novo nome para um antigo problema, antes resolvido com mordaças, cacetetes e cordas penduradas. Hoje, vejam vocês, resolvidos pelo poder Jurídico. Deus do presente. Onipresente, Onipotente, Oniciente e Ordinário. Diz, o senhor Excelentíssimo Grandíssimo Corrupto, que a operação trata-se de problemas de família e de segredo de estado e por isso não deveria ser veiculada. E aí, eu lhe pergunto: Qual a função dos jornalistas senão justamente descobrir segredos que dizem respeito ao interesse público?
Trata-se nada mais do que Censura Prévia! Tão ridicúla quanto antiga. Não se analisa nada, simplesmente se impõe algo antes mesmo de existir. Algo como chegar em um cigano e lhe obrigar a prever um futuro bom. "Não se deve falar sobre isso. Ponto final." Mas de 30 sites, jornais e blogs que deveriam usar interrogações sendo obrigados a dar reticências. E nós, cidadãos de "Um País de Todos", obrigados a engolir o Excelentíssimo Grandíssimo Corrupto dizendo que nunca se intrometeu nas questões jornalísticas. Coincidência ou não, quando o pedido de retenção de reportagens envolvendo este tema chegou ao Jurídico , ele foi julgado por um juiz amigo de Sarney, que então criou esta ação... Ah! Seria melhor colocar uma placa escrito "Estúpidos" na nossa testa, senador! E o futuro é alarmante: se realmente essa ação for mantida por mais algum tempo, teremos a semente da censura germinando e somente uma "poda" de uma Emenda Constitucional poderá nos salvar. E, entre nós, para um país incapaz de organizar partidas de futebol civilizadas, imagine criar essa emenda...
E porque preciso de vocês: estou aqui somente defendendo a liberdade de expressão daqueles que pensam diferentemente de mim. Ou seja, você mesmo. Passou da hora de dizer que isso é Inconsitucional! Chegou o momento de usarmos os diplomas de jornallistas que não temos. Falar e reverberar. Vestir-se de megafones e alarmar a pessoa ao lado do risco que corremos. Não quero explicar aos meus filhos que Liberdade é meramente uma figura de linguagem.
Guilherme Vilaggio Del Russo
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
4 anos e eu.
A gente passa 4 anos para aprender que não precisava passar 4 anos. Vivemos as histórias que depois contaremos com nostalgia que juramos de pé junto, que não teríamos. Torcemos pela rapidez de um momento e tempos depois, reclamaremos o porque de não ser pra sempre.
Aprendemos o significado de Networking, mas melhor do que isso: encontraremos um outro sentido da palavra amizade. Descobrimos pessoas de um valor imenso e que durante a caminhada da vida serão os primeiros a oferecer a mão. Ou ficarem até mais tarde nas agências. Mas mais importante do que isso: descobriremos a nós mesmos. De quem gostamos, de quem não queremos contato, o que beber, como diferenciar a vaca leitera do produto estrela, as posições mais confortáveis para dormir no encosto da cadeira. Deixamos de lado o comodismo de algumas tardes curtindo o nosso sofá e as trocamos pelas horas intermináveis atrás do briefing ou slogan perfeito. Muitos entendem a faculdade como continuação do Ensino do Médio. Não sei vocês, mas pra mim foi o começo da vida.
Na publicidade, você acaba aprendendo o valor da transpiração. Da vontade de ser reconhecido. Aprende que nosso sucesso, não depende de provas ou do decorar de fórmulas. Que atire a primeira pedra aquele que souber de cor a fórmula de cálculo do GRP. Na nossa profissão, faz tempo que o talento perdeu para a dedicação.
Daqui alguns minutos estaremos recebendo diplomas de publicitários. Deveríamos receber mais alguns. Não somos somente publicitários. Somos bombeiros apagando fogo a cada instante, somos artistas e artesãos em busca do layout perfeito, escritores em busca da frase que encante, somos modelos tentando seduzir, somos advogados defendendo idéias. Enfim, somos entusiastas da vida. Queremos fazer tudo e estar com todos e abraçar o mundo, esquecendo que ele já começou a nos abraçar a 4 anos.
A todos aqui, devo dizer que os considero corajosos antes de tudo. Porque para ser publicitário é preciso estar ciente de que a principal professora chama-se prática. De que você vai dar a cara a bater, vai errar e depois vai fazer melhor. A publicidade é mais do que conceito criativo, reason why e uma análise SWOT bem feita. Esqueçam tudo o que foi lido nos livros (caso tenham lido algum). Só não esqueçam de que lidamos com pessoas. E que é para elas que trabalhamos. Queremos antes de tudo, melhorar e facilitar a vida das mesmas. Se soubermos nos posicionar como nosso próprio público, teremos encontrado o caminho do sucesso . E de alguns prêmios em Cannes, por que não...
Parafraseando Kotler e outras divindades publicitárias, costumo dizer que publicidade é realmente dividida em 4 Ps: Persistência, Paciência, Perseverança e Pizza. Só é publicitário quem se dá ao prazer de saber o que é uma noite em claro. E depois saber degustar o sabor de cada case, de cada vitória,. Ou vocês ainda tem dúvidas que iremos vencer?
Um dia a gente se reencontra. E seremos quem sempre sonhamos ser: diretores de arte, gerentes de negócios, redatores, marketeiros, enfim, seremos gente finalmente e poderemos reclamar do preço dos supermercados e analisar tendências. Já pararam para pensar que estaremos ilustrando ou invadindo a casa de cada brasileiro seja por meio de idéias, comerciais, revistas, TVs, sites? Deixaremos nosso legado em cada clique, cada transmissão, cada troca de canal. Faremos valer a pena cada centavo gasto em 4 anos.
Ouço dizer por aí que nós, publicitários somos aqueles que não souberam o que assinalar na hora de escolher o que prestar. Que somos loucos. E eu digo a quem quiser ouvir: Graças a deus, somos. Realmente, somos uns loucos. Mas a publicidade é para os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Criadores de problemas. Para aqueles que enxergam diferente. Para nós, que não nos importamos com regras e não temos respeito pela hierarquia.
O mundo pode nos citar, discordar de nós, glorificar-nos ou não. Mas a única coisa que não poderão fazer é nos ignorar. Porque nós mudamos as coisas. E quando alguns nos vêem como loucos, nós, os informamos: somos gênios. Porque as pessoas loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo, são as que mudam.
Para encerrar nada do que algumas palavras de impacto, De um vencedor. Um cara chamado Aytron Senna.
“Seja quem você for, seja qualquer posição que você tenha na vida, do nível altíssimo ao mais baixo social, tenha sempre como meta, muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé, que um dia você chega lá, de alguma forma você chega lá.”
Eu encontro vocês lá.
Obrigado,
Guilherme Vilaggio Del Russo
ps: texto que usei como orador da melhor e da mais nostálgica turma de recém publicitários da Metodista.