terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Abertura de algo maior
O apito soou. O apito soou. Tirem suas máscaras, coloquem seus sorrisos. A hora do espetáculo é essa, o hoje nunca vai ser pra sempre, é agora e sem agouros. Que a arte, a luz, o espírito e o santo estejam convosco, porque conosco está o prazer de viver.
Sejam bem vindos, a coragem é cortesia da casa e a emoção vem de acompanhamento a estas palavras. Aqui não tem apego ao que se paga, por isso, minha alegria é de graça e sua presença fundamental.
Deixe pra ser triste em outro dia, exclame a ação, finge a dor de fazer o que não se quer. Não existem coincidências! Nada aqui é por acaso, nem o sucesso, nem o fracasso e... caso você concorde, não se acanhe em ser a favor. E por favor, não se esqueça de tudo aqui, nem de todos de lá, disso que viu, você tem que falar.
Somos eternos aprendizes em busca da lição mais fácil, da matéria sem problemas, deste dia especial. Aprendizes do hoje. O caminho do amor e da dor se encontram aqui. Opte por um, ou pela outra, eles são irmãos, rivais, escolha um e pro outro o jamais. Que brilho é esse que você traz? É o nosso sorriso, combustível, que me cativa cada dia mais e mais.
Seja honesto com sua personalidade, e se é que é verdade é porque veio pra ficar.
Por fim, e por mim, seja sempre mais você, você É, aquilo que ninguém vê e o futuro bom, aos bons pertence.
Guilherme Vilaggio Del Russo
ps: Nota do autor nos comentários.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Era pra ser rascunho (2009)
Particularmente, tornei-me mais realista. A idéia de querer abraçar o mundo me parece mais distante. Veja bem, distante e não esquecida. Alguns acham isso triste, mas eu lhes mostro o outro lado. Ser sonhador machuca mais. Deixei a arte de lado mas, "inquieto" que sou, vim aqui rascunhar idéias e frases com qualquer um. Tive que ir ver a realidade pra entender que é a arte e o abstrato que me atrai. Aprendi que não adianta abraçar o plural porque muito provavelmente o resultado seja você no singular. Continuo controlador, mas tirei um pouco as mãos do volante no trecho sinuoso conhecido como "minha vida". E de fato, não sei se cumpri todas as promessas que me fiz.
As coisas mudam constantemente e como isso é bom. Esse texto mesmo é prova viva. Aliás. escrita. Há 5 minutos ele seria mais um rascunho, mas com um clique ele ganha vida e parágrafos aqui. Certas coisas exigem pouco de nós para acontecer. É, vai saber. A gente nunca sabe quantas são e pras quais são as pessoas que vamos escrever. Ás vezes não sabemos o quanto é importante uma palavra nossa a alguém.
Que em 2009 você troque pontos de interrogação por pontos finais. Ou melhor, por pontos de exclamação! Que as fronteiras entre você querer e fazer sejam menores do que um dia você pensou, que tudo na sua vida seja 102%, entre vitórias e tombos. Que você ame! Ame pra caralho, num português bem claro, sabendo que o limiar entre amor e ódio é tênue, mas que não existe verbo mais lindo. Por fim, que você tique seus desejos atrasados de 2008 e que de uma vez por todas, não deixe novos em branco para 2010. Hora de não ser lembrado, mas sim jamais ser esquecido.
Guilherme Vilaggio Del Russo
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Querido Papai Noel...
Gostaria de pedir somente duas coisas. Aliás, na verdade, gostaria de simplesmente não pedí-las, pois elas já deveriam existir sem muita insistência de minha parte: paz e igualdade. Em gênero, número e grau. Cansei de ser sonho e, definitivamente, quero ser realidade. Papai Noel, que eu nunca mais deseje. Que eu, simplesmente, "seje".
Ass: Brasil
Guilherme Vilaggio Del Russo
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Logout
E o restante das tardes passam com link direto ao sono e ao mal humor deste gerenciador de projetos que vos fala. Foi quando, em um certo dia, ao final da tarde, surge o chefe como um pop-up assustador com os seguintes caracteres: "Pode fazer hora extra?" Juro que um dia eu ainda o executo. Mas, nestas horas, o erro 505 de "Página-não-encontrada-na-faculdade" sempre cai bem. Ah, como dar um Alt f4 em alguns problemas é necessário. De qualquer forma, das duas, uma: ou eu me formato, ou faço logout desta vida. Se bem que, se formos analisar o ... (Esta página não está respondendo, feche esta aba, e vá viver sua vida).
Guilherme Vilaggio Del Russo
sábado, 22 de novembro de 2008
Eu odeio telefone
Sou adepto do não passar vontade. Se eu quiser ligar, eu pego e ligo mesmo, não importa o que o outro vai pensar. Esse orgulho estúpido é coisa do passado. Nessas pequenas diferenças que a gente pode observar que espera e quem faz acontecer. E assim a gente constrói o futuro. E hoje a gente fica esperando tanto, mas tanto, que quando se vê, nem se sabe o porque de tanta espera. Ficamos vivendo um presente baseado num passado para construir o futuro. Impossível.Por esses e outros motivos, eu odeio telefone. Ele também não é boa companhia. Ensina inúmeras coisas erradas. Quem nunca "repassou" um problema para alguém, não é mesmo?Agora se você está atrás de gerundismo, ele é o cara. Estarei esperando você concordar, certo? Nunca.
Não sei o que dizer nele, parece que vai sair e soar falso. Sou mais ouvir algumas melodias vindas de bocas na minha frente ou ao meu lado. Se bem que, se eu pudesse dar "redial" em aguns momentos de minha vida, não seria tão mal...
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Em busca de aventura.
Não consigo viver sozinho, pronto-falei. Talvez isso, somado a uma vida sem sustos faça com que eu sempre busque minhas alegrias nos drinques mais fortes. E nas mulheres mais complicadas. A incerteza do que acontecerá é maior nestes casos. Gente normal me cansa. E drinques, idem. Não busco uma companheira, busco uma aventureira, que é bem diferente. Já não é fácil ser eu. Imagina sermos nós.
Aliás, não construo meu futuro com ninguém. Apenas convido este alguém a participar deste meu futuro.
Guilherme Vilaggio Del Russo
sábado, 8 de novembro de 2008
Carta a prezada senhora, minha mãe.
Confesso que já peguei carona com estranhos e estou vivo. E também bebi naquela noite. Não é fácil viver numa gaiola. Liberte-me. Deixei-me ser um pouco mais eu, e não o espelho do que você quis ser um dia. Procuro e sou um risco de pessoa. Mas isso você não precisa saber. Quero só liberdade de poder pensar e agir ( e errar e não admitir), sozinho. Esse seu costume de deixar recados na geladeira, me irrita. É óbvio que eu sempre chego em casa. E que não vou te ligar pra lhe dizer onde vou. Eu quero ir, eu sou uma rota sem direção, deixa rolar, não dá pra viver tão previsivelmente. E uma última coisa: prepare minha marmita amanhã, por favor. Estou sem dinheiro.
Guilherme Vilaggio Del Russo
sábado, 25 de outubro de 2008
Só você.
Obviamente, se a minha força de vontade de estar contigo fosse igual a tua, não seríamos um par. Na verdade, ímpar é esse seu jeito de me cativar e de transmitir uma esperança de dias bons, dias de amor, enfim, dias da reconquista de quem já está com você por um tempo. Só isso que eu queria. Você, sozinha, acompanhadade um copo de martini bem gelado, só pra sair da rotina. Não pelo martini, mas por você, estar sozinha.
Eu amo o presente. E tenho medo do futuro.
Guilherme Vilaggio Del Russo
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Contraste
Esse é o momento bom de ser um pouco mais egoísta e parar para refletir sobre suas ações. Repito: suas ações. O que você efetivamente faz de bom para e com o mundo, e com todo mundo? Você cobra liberdade quando na verdade se acorrenta ao passado? Busca felicidade ao custo da infelicidade do outro? Poder rir em ver o outro chorar. Não existe como ser do bem quando nossas ações não caminham ao lado das nossas palavras. É como cortar uma tira de torta e buscar no pedaço da ponta, mais recheio. Improvável, quase impossível. O grande problema do ser humano é esse. Nossas palavras e nossas ações são, quase sempre, antônimos.
Guilherme Vilaggio Del Russo
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
O Fio e o Fim da Vida
15 pras 7. 7 e 15. Sono atrasado. Sono. Atrasado. Leite quente, chão frio. Ponto ônibus, ponto de partida. Partiu, freiou, bocejo, a mãe e o filho. A poesia desapercebida. A mesa e as fotos. Pausa dramática: lembranças. Email. Mais um e outro. Feijão. Escolha, rua, telefone, 15 pras 2. 2 e 15. Sono. Problema 1, 2 e 3, paciência, 0. 6 e pouco. 6 e muito. Ônibus. Atrasado. Ônibus atrasado. Blusa quente, noite gelada. Ponto de chegada, faculdade, PDV. Partiu, freiou, o grito, a mãe o filho, "Ah puta que pariu!". Que se dane a poesia! A casa e as fotos. Pausa pseudo-dramática: lembranças, telefone. Mensagem e outra. Hambúrger e a indigestão. Escolha, cama e coberta. Preocupação 1, 2 e 3. Paciência? 15 pra meia noite. Meia noite num dia inteiro.
Menos um dia. Amém.
Guilherme Vilaggio Del Russo
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Azul da cor do...
Ao som daquela música que não me agrada, lhe encontrei. Palavras faltaram. Já não posso dizer o mesmo de beijos. Você, uma mistura do branco e do azul, que surgiu sem querer e agora é justamente o meu querer-de-todo-dia. Você se foi mas deixou marcas. Minha roupa ainda tem o cheiro do teu perfume de "mais uma vez". Ganhamos um inimigo, o tempo.
Mas tá tudo bem, tá tudo "azul", azul da cor do.... seus olhos. Então vem, vem sem medo, vem ensinar e aprender aquela lição que a gente não se cansa de esquecer: nós nunca estamos preparados para aquilo que sempre aguardamos.
Guilherme Vilaggio Del Russo
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Primavera
Nunca conversou muito com o futuro, o papo dele era com o agora. Sua vida era um relógio que sempre caminha mas que não sai do lugar. A vida cobrava mudanças, novos ares, um tapa no paletó, novas ruas, um outro jeito de dizer “alô”, um bom-dia-nas-segundas-feiras (ele sempre odiou), outro ramal, um plano, um novo ano, uma nova vida, um novo e outro ele. E uma nova camisa social. Ele tinha que se adaptar.
Apesar de ser tipicamente o retrato-mal-falado do cara errado que daria certo, sentiu-se imensamente agradecido pelo oportunidade do que vinha a seguir.Desta vez, ele não fugiria. Era ele, e somente ele. Não se contentaria mais com o segundo lugar e deixaria de ser o resultado do igual e passaria a somar.
E então, quando percebeu, ainda estava em frente ao espelho. Perguntou-se quem era e logo se respondeu prontamente:
- Sou esse que segue adiante, que parece distante, caminhando ofegante, nesse perigo constante, que é viver. Procuro o “pra sempre”. Não me contento com o ontem. Nem com o hoje. E também não odeio as segundas-feiras. Meu dia predileto do mês tomou vida. Passou a ser sempre, o amanhã.
Algo havia, de fato, mudado.
Guilherme Vilaggio Del Russo
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Grrr
Mas é tão injusto. Como posso querer entrar em um jogo sabendo que vou perder, e perder muito, perder você. Não quero.
Pior é que sei onde encontrar as melhores sensações. Droga, eu deveria me sentir tão sortuda, só em saber que às vezes preciso muito de alguém. Você me faz tão bem e disso não posso fugir. Nem se eu me isolasse por dias. Nem se eu desistisse de abrir a janela e ver o sol, porque sei que ainda assim te veria. Mesmo de olhos fechados e no escuro, te veria. Ainda ouviria sua voz no silêncio. Droga!
Milena Lieto Samczuk
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
República de Palhaços
O artista de hoje é boneco de mídia barata e vulgar quando deveria ser voz ativa da luta armada. Armada de palavras, caras e bocas contra aflições e problemas que o governo insiste em nos fechar os olhos. Mas chegou o mês da revolta. Outubro. Mês de eleição, indecisão. Artista se candidatando? Triste. Querendo criar leis e emendas quando deveriam questioná-las. No palco.
Palhaços que falam tanto. Palavras já apodrecidas pelo desgate do tempo. Não enchem barriga, só enchem linguiça. E sinceramente, que já me encheram o saco. Já deveriam ter se tornado ações.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Preto e Branco
Era óbvio demais esperar demais que você me atendesse no final daquela tarde então liguei só para ouvir cair na caixa postal. Eu e ela já somos amigos íntimos.
Te ver é algo como me olhar no espelho e ver o reflexo invertido. Ao mesmo tempo que é me completar. Você é o sujeito (simples, feminino) da minha oração. E pensando bem, também é a minha oração de noite. O Vice e o versa, o sol a e chuva, a montanha e a praia, preto e o branco, e vice-versa. Engraçado que sem um, não existe o outro. É a arte imitando a vida.
Então, pego meu copo de alcóol (e você, de leite) e brindamos essa eterna distância, que nos une, que nos atrai, que nos separa. Afinal eu procuro o novo, e você é a última tecnologia. Sem manual, é claro.
A Matemática e a Gramática. Assim sou eu e você. Parecidos na pronúncia, distantes na prática.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Quase Botas Batidas
E essa alegria quase infantil, que acabou por tomar conta do meu corpo, já cansado, quando Deus me deu a oportunidade de voltar e sentir tudo com outros olhos. O sorriso amarelo que voltou, o cigarro que ficou pra trás de uma vida que se confunde entre estar bem e fazer o bem. Essa minha risada descontrolada que hoje eu mal ouço, mas que pouco importa, é a forma de agradecimento sincero pra aqueles que estiveram comigo quando minha cama não queria me deixar caminhar sozinho. O gesto de criança é acenar pro medo da morte e lhe dizer, “tchau!”.
Hoje e amanhã, e qualquer outro dia que venha a ser bonito ou feio, eu continuarei em dívida com aquele que optou por me deixar mais um pouco pra crer e acreditar na boa vontade dos homens. Ainda reclamam da maldita mania que tenho de comprar relógios como se esquecessem que isso é forma lúdica de contar quanto tempo tenho para viver uma segunda chance. Leio nos lábios de vocês a mensagem que eu parecia ter esquecido: que eu ainda posso viver feliz, apesar dessas mãos calejadas. Não, a dó eu desprezo, e a pena se foi com aquela imagem do rapaz frágil que chorava pedindo desculpa pelo trabalho. Sou um pobre velho que se confunde com o novo prazer de sentir-se capaz de tudo. Novamente.
Aquele barulhinho animado dos pássaros se foi, mas veio o som (e as palavras) de mensagens que recebo e que me confortam, que me fazem seguir adiante, mostrando que o meu apartamento vazio é meramente ilustrativo.
Guilherme Vilaggio Del Russo
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Futilidade e Estupidez – Capítulo 1
E olhando pra aquele rapaz, de seus 30 anos, no chão, pernas cruzadas, rezando e agradecendo pelo arroz e feijão, me senti incomodado por reclamar que ainda era terça-feira e a semana ainda estava começando. Pra ele, já era terça-feira. Que eu teria de ir a faculdade, e que aquele maldito restaurante que não tinha azeite. “Vida difícil!”. Pobre mortal. Eu, no caso. Certas coisas nos aparecem como mensagens, basta termos os olhares atentos a isso.
Guilherme Vilaggio Del Russo
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Alguma coisa
Dois goles de café, três folhas amassadas pelo chão, e o meu caderno ainda inteiro por completar. E depois, essa maldita angústia que não me larga! Só pode ser por causa do domingo, meu corpo não se acostuma nunca.
Hoje eu só quero vestir meu par de fones e esquecer de quem sou, dentro de quaqluer ônibus barato. Queria tanto que o tempo resolvesse parar nesses meus últimos meses, só até eu planejar alguma coisa.
Milena Lieto Samczuk
Sobre o passado
Algumas músicas a empulsionaram escrever. Mas não cartas de amor, implorando para a sua felicidade continuar nos braços de quem sempre esteve. Ela mal conseguia assistir seu sorriso através do espelho - havia ficado muito amarelado.
Agora, só faltava aturar o seu pior pesadelo até que terminasse. Enquanto isso, prometia para as paredes de seu quarto e para os quadros mortos do corredor, que iria parar de chorar em vão. Porém, vãs, eram suas próprias promessas. Tudo bem, vai... pelo menos o escuro escondia a sua tristeza, e o futuro, mais tarde, a confortaria com erros engraçados. Percebe sua vida começando à partir desse não ardido? Sei que é difícil, mas tente entender: foi apenas a negação de uma escolha única; te sobra todo o resto. Já está na hora de cair em si.
- Ei, não volte para mim.
A liberdade se fantasiou de mudanças que ela ignorou por tanto tempo, que agora lhe corre pela espinha uma enorme sensação de vergonha. Que puta idiotice! Mas sempre dá tempo, tem que dar. Coloque os óculos, querida. Você já pode ver.
Milena Lieto Samczuk
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Em Concordância com Dom Chico Chicote
Acuso esta cidade de ter esquecido seu bom jeito e sua boa índole. Seu repertório de pessoas anda grande em número e pequeno em profundidade. Pessoas rasas!
Você, esqueceu-se da arte! E dos artistas. A arte não tem preço e você anda cobrando
Você, deveria seguir uma melodia acidentalmente bem pensada antes de qualquer coisa, um fluxo natural, como a Bossa Nova, mas se rendeu a mesmice do que já é velho e ultrapassado. Ver mortes e sentimentos mesquinhos já virou rotina. Novos prédios andam se erguendo em ti. Prédios... há tempos que não vejo parques sendo abertos. Falta uma pá de cimento para esse clichê, que tanto buscamos, o tal de desenvolvimento sustentável.
sábado, 9 de agosto de 2008
Sem justificativas
E daí que a fumaça faz mal, que intope os meus pulmões, que amarela os meus dentes? A falta de aventura é o que mais provoca deslizes e acentua a ausência da prática. Não quero justificar um vício com a possível falta de sorte que alguém pode ter morrendo em um acidente. Simplesmente não quero justificar meu vício. Podem acreditar que ele supre uma falha na minha personalidade, que é algum tipo de adereço, ou até mesmo culpa da ansiedade. E se for, que seja.
Qual a quantidade necessária de perigo para uma pessoa se sentir de verdade viva? É algo que não se mede, e querem controlar muito a nossa vida - a minha vida. E se eu resolver arriscar o meu oxigênio? Aposto sim, aposto que vai chover amanhã, aposto que vou enjoar de muitas pessoas, e aposto que posso estruturar meu futuro em um castelinho de cartas de baralho. E se por acaso desmoronar, a gente tenta algo novo. As coisas vivem mudando. Então me diz, porque seria diferente para mim?
Milena Lieto Samczuk
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Verbo Amar
Impessoal. Imperfeito e subjuntivo, subjetivo. Prefiro chamá-lo de irregular. Nunca um verbo foi tão mal usado no presente. Ele me indicativo, quando é radical. Indica qual caminho, pra onde ir, quem escolher. E poucas vezes o usamos também no futuro.
Deixaram de gostar, de adorar. Tudo se ama. Eu o uso em primeira pessoa pra explicar como a terceira importa para mim. Também usado no segundo após o beijo. Se usado na segunda pessoa, te causa boa impressão. Não deveria ser usada só na segunda. Mas sim nas terças, quartas, quintas e por aí vai. É sempre bom surpreender.
Ah, ele também é imperativo! E hiper-ativo. Quem nunca viu um dia mais colorido quando se ama de verdade? Só porque, partindo do princípio que o partícipio “Amado” é inflexível, as pessoas também deveriam ser? Tempo verbal mal! Usado e abusado pela primeira pessoa do plural.
Sou contra aqueles que dizem que ele é verbo simples! Nunca! Ele sempre é e vem composto. Composto com outros sentimentos, emoções e sorrisos. Tem forma nominal, mas o seu nome é segredo. Como algo tão complexo e infinitivo pode perder tanto seu significado hoje
Guilherme Vilaggio Del Russo
domingo, 3 de agosto de 2008
Mau Sinal
"Pai nosso que estás no céu, santificado seja...". Não, eu não tenho moral. Sinto-me acolhido, vulnerável e meus olhos estão embaçados. Nem jogando água no rosto pude me perceber mais nítido no espelho. Quem dera mais nítido no futuro. E esse cheiro de chuva, companheiro de quarto, que não passa nunca! Pode chover! Por maior que seja essa tempestade, eu não vou afundar.
É tempo de se recolher, para depois buscar o sol.
Odeio a expectativa do pior. Chove! Pra que eu possa trocar o advérbio. Pra, "melhor".
Guilherme Vilaggio Del Russo
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Preço sugerido, povo à La Carte.
Atrás da vitrine, a falsa beleza exposta;
Atrás da etiqueta, que mais parece é a mais nova aposta.
da moda e das coisas mal feitas,do consumo do pobre,
da imagem e ilusão,que é comprar instintivamente.
E etiqueta é preço,
E esse preço eu não sou obrigado a pagar pra ser
Meu valor é inestimável,
Personalidade eu não vejo em prateleira pra vender
E se a personalidade não vale
nem se pode medir
o quanto devem as pessoas
que as vitrines tendem a seguir?
As tendências são as mesmas, a vitrine idem
mas os preços já aumentaram,
E eu ainda sou esboço do que sobrou de mim.
E pra mim valor não acharão!
Acabou a brincadeira. É liquidação que chega!
Organizem as filas, e taxas e números grandes no vidro,
hoje é dia de comprar e se vender.
E você, modelo? Até onde vai sua exposição?
Tenha medo amigo, pois os modelos que vejo me parecem mais mortos e sem opinião
que os próprios manequins.
Eles querem mais um no rebanho
mais um corpo pra a etiqueta usar
Do modelo de consumidor desejado eu fugi
Só procuro algo para me vestir, algo pra ser e estar,
E eu já dei desconto demais a tudo isso.
Pedra na vitrine!
renuncio os cartões C&A e descontos e promoções de primavera.
E estampas. Ah, estampas não duram nada!
E eu sou pra sempre.
Eu sou de um valor que não preço pra se adquirir.
Guilherme Vilaggio e Giuliano Bonesso (contaram na madrugada.)
Um Mundo de Photoshop
Que atire a primeira pedra que nunca disse "Eu faço meu estilo".E quem faz teu estilo é a TV. Nessa Terra-do-Nunca-Se-Aprende, não existem mais ídolos. Apenas aqueles que a TV insiste em me vender. Mas eu sou teimoso, e, como bom consumidor que sou, eu levo pra casa o que é de qualidade. Passou-se o tempo em que o rótulo me agradava. Vamos peneirar o que se ouve, o que se vê. Espero ancioso o fim dessa fase da "fama-de-15-minutos" que deixa as pessoas escravas de uma sociedade que cada vez mais valoriza a equação sem resultado positivo, Linda + burra² = perfeição total e lucros³.
Hoje, sobra computador com Photoshop. Porém, falta fotos de momentos realmente memoráveis, para que o programa seja utilizado. Perdemos o "olho-no-olho" e ganhamos esse sentimento de ser quem a gente quer. Desde que seja atrás do computador. Não, eu não quero aprender a dar mais brilho nas fotos, não quero cortar, recortar, não quero dar contraste (eu quero SER o contraste) e clarear o que parece tão escuro pra mim: Como podemos deixar de viver assim dessa forma? Eu não quero deixar meu porta-retratos vazio.
Mundo de aparências.E que parece que não vai ter fim.
Guilherme Vilaggio Del Russo
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Brincando de ilha
Eu gosto do que é único. Do que surpreende por ser inusitado. Quero me apaixonar por rostos porque nunca mais os verei, e sentir saudade dos dias porque nunca mais voltaram. Quero fugir da rotina, do comum, do habitual, do que bóia na superfície dos outros. E tenho medo das correntes que trancam círculos sociais, porque me fiz livre.Sou assim, apenas de quem quero ser.
Milena Lieto Samczuk
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Primeira Intenção
Aquele papel de bala que você fez questão de jogar no lixo, aquela frase que há tempos você ensaiava pra dizer pra certa pessoa, o assento que você, meio sem jeito, cedeu ao idoso, a bola de futebol que caiu no seu quintal e você, pela primeira vez, não furou e devolveu para aos meninos, o elogio que você retribuiu e que desta vez foi de coração. Apreciar de peito aberto essas coisas simples e saber que as mesmas fazem a diferença. Essa com certeza é minha primeira intenção a escrever este texto.
Se vamos perpetuar algo para os nossos filhos, que seja a sinceridade. De opinião, com todos, para tudo. Essa é a maior qualidade de qualquer pessoa. É daí que podemos separar quem é de verdade, quem é "segundo plano". Não sejamos o que nós vemos na tv! Estou farto de intenções que não são de "primeira qualidade". E infelizmente, no Brasil, a maioria é assim. Mas graças a Deus, um dia me disseram que "a maioria é burra", e estavam certos.
Amanhã, opte por mudar sua atitude e faça algo sincero de coração. Pegue o panfleto da rua não por obrigação, mas porque está interessado em ajudar no trabalho do próximo. Suba os degraus, facilite o trânsito de pessoas que precisam da escada rolante. Diga mais que um "oi" mecânico ao faxineiro do seu trabalho, as vezes a gente nem sabe o quanto uma palavra nossa pode significar para alguém. Você é aquilo que ninguém vê.
Guilherme Vilaggio Del Russo
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Você, sempre.
Você já não deu atenção pra minhas histórias mirabolantes. Não falou da sua saudade, não falou que queria me ver, muito menos cantou um pedacinho da música que fazia a balada da nossa história. Me falou de amigos seus que nunca vi, de coisas que estranhei você fazer, de um jeito que nunca tinha me machucado como aconteceu ontem. Eu sei que preciso parar com essa mania ridícula de querer ouvir das pessoas o que eu quero ouvir.
A mania de achar que o mundo gira ao meu redor, eu já larguei, e você que me ensinou. Sei lá, talvez tenha te ligado pra te agradecer, pra pedir pra você ir lá em casa e dizer que sinto sim, saudades.Não foi bem o que aconteceu.
Sei que a vida não é como a gente sempre sonha. Mas, por favor, não mude porque a sociedade lhe pede isso. Futilidade não combina com você, nem o seu “alô indiferente”.Era tão bom te ver dizendo que queria mudar o mundo, que até me dava esperança. A mesma esperança que terminou ontem quando desliguei o telefone e percebi você tão longe. Longe de mim, longe de tudo, longe do que você mesma já foi um dia.
Não mude. A vida lhe pede uma outra pessoa? Dê a ela uma. Personagem. E seja
você, sempre.
Guilherme Vilaggio Del Russo.
terça-feira, 1 de julho de 2008
Cansei de ficar vendo vitrines...
Cansei de ficar vendo vitrines. Elas não entendem o que eu quero, muito menos o que eu sinto. Elas me separam daquilo que desejo. Pra ontem. Elas me mostram preços que não posso pagar e produtos que preciso ter. Eu mereço muito mais do que simplesmente pagar as contas do final do mês e se preocupar com o cheque especial.
Guilherme Vilaggio Del Russo
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Para desistir
Olha, eu não alcanço aonde vão meus sonhos. Quisera eu aprender a estar em dois lugares ao mesmo tempo. Ah, mas talvez se eu tivesse uma escada, escolheria a escala da sua cidade e escalaria seu coração. Sabe que eu odeio ter as mãos atadas para te provar as coisas enfeitadas que vivo dizendo? Isso quando justamente estou sendo tão eu. Mesmo sem esperanças - ou assustadoramente cheia delas - continuo esperando.
Milena Lieto Samczuk
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Diário na calçada
Na noite fria, aparece de pés descalços. Não lhe importa se é na areia ou no asfalto. É só mais um lugar sujo do teu corpo cansado. Abre o jornal, mas não lê. É colchão, e as palavras o aquecem. Poderia dar conforto, se ao menos ele soubesse ler.
Acende o cigarro que achou jogado, tentando buscar o calor que a sociedade lhe nega. O pão velho que come é fruto de coleta seletiva. E ele também. E quem o seleciona para estar ali?Além de seletivo, descartável. Se morrer, é só mais um. Aliás, é menos um. Mais um que nasceu. Pra morrer.
Guilherme Vilaggio Del Russo.
sábado, 14 de junho de 2008
Talvez pra um outro dia...
Tem certos dias que eu me pergunto “Sou o único a esperar pelo improvável?”. Talvez.
Imagine pelo impossível.
Guilherme Vilaggio Del Russo
domingo, 1 de junho de 2008
Apenas
Milena Lieto Samczuk
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Eu não sei rezar
Digo que ainda não sei o que é Deus para mim. Comprei um escapulário para me proteger de medos que eu só ouço de terceiros. Preucação. Existe alguém lá em cima que nos dá força para continuar “todo-dia-santo”, mas não me obriguem a saber seu nome, nem quem é ele. Eu faço minha própria fé. Eu não sei rezar.
Todos os dias recebo papéis que me ensinam a quem, como e quando rezar, mas me perdoem, não existe fórmula para pedir a sua proteção perante ao todo-poderoso-sem-nome. E se existir tal fórmula, vou passar a vida no caminho errado.
Sei que minha fé é solúvel. Mas também sei que este rapaz não gosta menos de mim por isso. Respeito e admiro toda e qualquer demonstração de fé. Então me deixem com a certeza de que ele me escuta e me protege.
Guilherme Vilaggio
sábado, 17 de maio de 2008
Seis mil quinhetos e setenta dias
Deitada no assoalho, molhando a manga da blusa com dores de cutuvelo, dormiu. Afastou os pensamentos das noites de festa em avenida movimentada, dos abraços com cheiro de confiança, das rodinhas de violão com músicas repetidas. Desfez os sorrisos falsos. Chorava a nostalgia, e a falta de tato que tinha o passado. Era a perda, não de uma pessoa, mas de muitas personalidades. Reclamava o começo de um fim, gritava o distanciamento da juventude. Primeiro foram lhe tirando o chão, depois lhe foi imposto um teto. Os joelhos que já não funcionavam mais, dobraram e cobriram a barriga. Por horas, ainda ao assoalho, ficou em formato de feto com os olhos vendados pelas lágrimas. Abafou a respiração e passou a rir, num ponto de desespero. Deu-se conta que outra menina sentará no seu lugar, abraçará seus outros amigos, cantará as mesmas músicas e vai rir das mesmas coisas. Ninguém é insubstituível por tanto tempo.
Milena Lieto Samczuk
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Um Qualquer
Ele nunca foi tão importante. Não aparecia em sonhos, não tinha muitos trejeitos que agradavam a terceiros. Ele era menino. Já não era tão tímido na época. Sempre foi tranqüilo e gostava de correr. Literalmente. Era a primeira vez que ele buscava presentes em datas que ele nunca antes tinha comemorado. Pensava se estava fazendo direito e se a fazia feliz, sempre.
È, ele está fora de moda.
Guilherme Vilaggio Del Russo
sábado, 3 de maio de 2008
Abstinência
Recobrando o gosto do passado decadente que caindo lhe trouxe até alí, como quem leva um tropeço em um lance de escadas, dois pingos de tinta vermelho sangue à cheiro de ferro, mancharam o jeans. Era o nariz chorando as sensações de poder dos tiros de rebeldia.
Ela se levantou e foi até o lixo do banheiro. Nasceu esperança de recuperar os dois anos que abandonou ao acaso. Mas já era tarde. Lembra? O sol estava a caminho.
Milena Lieto Samczuk
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Quando encosta o fim
Então ele se levanta, porque já é hora de ir. É hora de estar em casa, de tomar remédio, de ir dormir. As pernas desobendientes mal erguem sua coluna, e os braços desconfiantes se agarram a qualquer coisa para mantê-lo em pé. Fala do prazer de rever todos os presentes, um abraço e um beijo de cortesia para cada um. Sua mão passa pelo encosto de todas as cadeiras, pelo ombral da porta, e pela maçaneta também. Chega a ser vergonhosa a falta de precisão, mas ele finge que passa por cima, e que não acabou. Deixou a casa na esperança de voltar no ano que vem, mas vai saber quantas mais hemodiálises ou injeções de insulina ele irá sobreviver. É tudo uma questão de tempo.
Milena Lieto Samczuk
sábado, 19 de abril de 2008
Hino a todos os Raros
A gente é daquele tipo discreto, mas marcante. Do tipo que experimenta um ou dois cigarros, só para ver se ele se adapta ao nosso estilo. Somos filhos dos anos 70, cheia de revolucionários e ideais, vivendo na mesmice de um século XXI, sem tom.No nosso relógio, falta um minuto para tudo: tudo dá tempo, o tempo dá tudo. Estamos em plena campanha contra a vaidade. Vaidade de sentimentos. Somos um apunhado geral de pessoas sem pudor de dizer eu te amo.
Resumindo, somos loucos pela vida, apaixonados pelo sorriso sincero, pelo sabor das palavras. Irmãos de all-star. Nos encontramos num trecho de nossas vidas e eu quero torná-lo para sempre. Diferentes,vibrantes e otimistas. Nós, somos raros...
Guilherme Vilaggio Del Russo
domingo, 13 de abril de 2008
Não era comigo
Milena Lieto Samczuk
terça-feira, 8 de abril de 2008
Eu sou só eu...
Nestes 6 anos, o palco me deu a oportunidade de ser quem e como eu quisesse. E como me caiu bem essa idéia. Eu odiava ser eu mesmo, quando pequeno e buscava lá em cima, o meu refúgio, minha Terra-do-nunca. Fui mito, fui herói, fui parceiro, fui Eduardo, fui mocinho. Fui ladrão também. A partir de hoje, eu sou só eu...
Sentirei falta das borboletas brancas invadindo meu estômago e do antiquado método de “Merda” antes de cada apresentação. Como sentirei falta do calor do público chegando a mais um espetáculo, e eu ouvindo seus passos e gritos. “Eles estão lá fora e a culpa é de vocês. Eles estão lá, somente para ouvi-los.”,diziam os diretores. E é fato.
Todo ator tem seu papel perante a sociedade de atentar, mostrar e questionar toda nossa problemática diária. Saio convicto de que só destas maneiras lúdicas o ser humano vai se e nos compreender, em busca do comentado ( e não buscado), “mundo melhor”. E quando atingirmos, este patamar, o teatro-nosso-de-cada-dia terá cumprido o seu papel.
Eu poderia perder horas dizendo o quanto estar no palco me ajudou como homem, mas me contento em dizer que sou mais feliz.
Hoje, já não escuto mais o som abafado dos aplausos, nem tampouco emoções alheias, críticas ou elogios. Fiz e preciso continuar fazendo meu papel de cidadão, de homem, de ator. Cabe a cada um de vocês da platéia, ( seja a platéia de si mesmo, o tempo todo ) de nos questionar e formular hipóteses de como entender melhor tudo o que já foi dito.
Obrigado, teatro-nosso-de-cada-dia. Não, não leve isso como um adeus. Quem tem a arte independente no sangue, nunca renega suas origens. Leve como um... até logo. Hoje sou mais do que 1 em um milhão. Sou um milhão em 1. A partir de hoje, eu sou só eu...
Guilherme Vilaggio Del Russo.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Questão de gosto
Milena Lieto Samczuk
segunda-feira, 31 de março de 2008
De novo
Milena Lieto Samczuk
sexta-feira, 28 de março de 2008
Novo Amigo Velho
Para mim, 10 minutos olhando nesta janela são suficientes para acordar melhor no dia seguinte. São nesses dez minutinhos escuros a minha frente, que ele sempre aparece. Aparece sem jeito, ás vezes apressado e meio pertubado. Não olha para trás, nem quer saber se e quando precisaremos dele. Nos dias em que mais estou ansioso por ele, sempre vem devagar, sempre vem sem pressa. E também nos dias em que já não espero por ele, ele vem com força e muda tudo, muda muito. É o único cara que eu conheço que não brinca de sentir saudade.
Confesso que já fomos inimigos mortais, mas hoje nos tornamos amigos daqueles que dividem longas histórias. Me disse certa vez, que as pessoas não costumam aceitá-lo, mas que não se importa a aparece de qualquer jeito. Pensando bem, creio que todos nós, precisamos dele. Um pouco, um pouco menos, no momento certo. Acho que o grande problema é saber lidar com este meu amigo. É aceitar que, e da melhor maneira possível, que ele traz, leva, afasta, ajuda, interrompe, mas que assim como qualquer um, faz parte da vida. Ontem, me disse que, no começo, as mudanças que ele traz parecem ruins, mas que o final, os sorrisos voltam.
E, como sempre, o fim dos meus dez minutinhos se passaram depressa, mas meu amigo me deu a certeza que hoje, ele vai aparecer de novo, dizendo aquelas frases "sem nexo" dele que “todos somos coadjuvantes, e ele o ator principal” e blá-blá-blá. Ele adora criar verdades e realidades.
Amanhã, antes de deitar, vou ouvir mais histórias. Histórias de um certo Tempo...
Guilherme Vilaggio Del Russo
quarta-feira, 26 de março de 2008
Me traz e faz tonta
Milena Lieto Samczuk
sexta-feira, 21 de março de 2008
Nós
Milena Lieto Samczuk
sexta-feira, 14 de março de 2008
Lista de Botas
De qualquer modo, continuei. Pouco tempo depois, minha lista já estava com 25 itens e percebi que precisaria de mais uns 200 anos de vida ( e olha que exclui os itens "Discursar no plenário" e " Conversar com Fidel") . Mas logo me veio o porque de tanta coisa incompleta na minha lista: falta de ousadia, de querer mais.
Eu poderia muito bem estar indo atrás destes 25 itens do que simplesmente escrevendo-os, não é mesmo? Mal tipicamente burguês número 2: A gente vive planejando o que têm medo de viver. Então vi que passo muito tempo da minha vida, desperdiçando oportunidades de reduzir a minha lista. Vi que todos os dias resolvo e busco por "pseudo-sonhos" que, quando aparece a oportunidade fazer uma lista como esta, sequer são lembrados. São realizações impostas por uma sociedade, um sistema. Acho que, ( e aqui eu abro espaço para vocês estarem ou não comigo ) falta coragem para estar e agir para nossas próprias metas. Falta sermos um pouco mais de nós.
Obviamente, levantei-me apressado e joguei a lista no lixo. Eu, 20 anos incompletos, já estava atrasado para cumprir o que ME prometi. Afinal de tudo, o prazer da vida não está em escrever a lista. Está em cumprí-la.
Guilherme Vilaggio Del Russo
terça-feira, 11 de março de 2008
Vem
Milena Lieto Samczuk
Empoeirado
Milena Lieto Samczuk
Baile
Milena Lieto Samczuk
terça-feira, 4 de março de 2008
Tempo
O tempo não respeita, ignora o nosso humor. É sensação, incalculável.
De tentar aprisioná-lo em números, gritamos a nossa escravidão perpétua. Criamos a maior distância de todas. Mimamos uma criança que contradiz às normas das nossas vontades. Quando ralentado vira o tédio, tão doloroso quanto uma súplica mal ouvida. Mas quando apressado é ladrão, roubando seu rosto jovem dos meus olhos, decompondo sentimentos e como uma traça desfazendo épocas, igual o asfalto que desgasta a sola do sapato. Um reflexo inverso do que quero, alheio aos meus movimentos. É uma esteira correndo, desprezando as pernas cansadas, arrasta qualquer um. As vezes aparece como o vento, sem cor ou forma, nos fazendo sentir o calor dos dias e o frio rigoroso dos longos anos. Há segundos mais demorados que semanas, e meses mais curtos que minutos.
Mesmo presa, prometo que por você, vou afogar meu passado, atravessar o presente e te colocar no futuro, no meu futuro.
Milena Lieto Samczuk
A Cortina da Minha Sala
Ah, se minhas cortinas falassem. Só elas me acompanharam durante dias felizes, dias de sol, de granizo, dias que eu esperava por alguém, dias em que eu só queria usar os panos delas para me esconder. Me deu a oportunidade de ver um futuro feliz e se fechou rápido quando eu precisei de um tempo só a mais na minha sala.
Cada dia mais tenho certeza que vejo a cortina do jeito que eu gostaria que vê-la e não como ela realmente é. E ela andava tão fechada.
Mas nunca é tarde para abrí-la e ver a poeira da sala se renovando um pouco. E você, como está a cortina da sua sala?
Guilherme Vilaggio Del Russo
domingo, 2 de março de 2008
Sonhos a sua maneira
Milena Lieto Samczuk
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Dissabor
Hoje saí de casa com o sangue quente de discussão, quase chorando de raiva, minha caligrafia ainda sofre por consequência. Porém, agora estou calma. Sentados a minha frente, me divertem um casal de alemães conversando, mesmo assim, não me livrei do tédio. Nesses últimos dias tenho me feito de assassina só para matar o tempo. E essa manhã só valeu pelo gostinho de mantecal que me sobrou na boca. Juro que se soubesse que esse café é tão bom, teria começado a freqüentar aqui a mais tempo.
Ao telefone, na noite anterior, prometi ao meu amigo que lhe escreveria uma lista das coisas que eu gostaria de fazer antes de morrer, e ele me faria o mesmo. Anotei uns vinte itens que apesar de muito atrativos me enchem de preguiça. Sabe, as vezes acho que o desânimo implora para que eu fiquei sem fazer nada, e me faz querer justamente isso. Então, pra que lista?
Milena Lieto Samczuk
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Intervalo
Malditos comprimidos! Me atrasavam, comprimiam minha energia ao tamanho de uma ervilha. Eu faltava estando presente, com a cabeça sempre mergulhada na carteira, sufocada em um apartamento pequeno confundindo as minhas vontades utópicas. Duas famílias diferentes separadas apenas por uma parede fina de concreto. Hoje escolhi morar com a realidade de pés no chão. Eu devia ter me mudado a muito mais tempo.
- Mi, acorda! Vamos descer pro intervalo.
Milena Lieto Samczuk
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Apressado...
“A pressa é inimiga da perfeição” é um ditado fora de moda para mim. Hoje, tomo ações que só vão se mostrar se foram corretas ou erradas, daqui para frente. Ando apressado e mesmo assim, sou escravo do futuro. Ando me apressando para conhecer o que não se escolhe hora certa para acontecer. Talvez seja a hora de puxar o freio de mão.
“Mal entendi ... do” que falou uma vez meu pai, quando me disse que “Tem certas coisas que a gente não escolhe tempo para acontecer, elas acontecem” e algumas delas simplesmente acontecem na hora errada, bagunçada da nossa vida. Ou acontecem e a gente não queria. Mas acho que tudo na vida tem seu tempo, e quem não precisa de tempo? O tempo também pede tempo, e a partir de agora, eu lhe dou.
"Mal entendi… do" que falou outra grande pessoa para mim, quando me disse “La vida és hoy y hay que vivir-lá intensamente.” Logo eu, que vivo brincando com as palavras, escolho o pior significado delas nesta frase, só aquela que me convinha para meu próprio bem estar.
Ando apressando pés e o coração e hoje eles me pediram um tempo. Tem horas que meus sapatos pedem uma estadia maior nas prateleiras. E o coração, batidas de 80 por minuto.
Preciso apressar-me em deixar de ser assim, tão apressado…
Guilherme Vilaggio Del Russo
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Será assim só esperança?
Acho que todos nós, seres inteligentes e óbvios que somos, sabemos que é impossível viver somente com uma só escova de dentes no banheiro...
Mais uma vez, minhas mãos se sentiram reconfortadas no encontro com outras e hoje eu volto mais feliz para casa e com a sensação do dever cumprido. Do dever de estar apto a sentir e viver certas mudanças que antes me causavam medo, do dever de nunca desistir de ser feliz. Até porque, só vamos encontrar a felicidade se estarmos dispostos a procurá-la. E neste final de dia, abriu-se um sorriso sincero em meu rosto, o que mostra que pode até chover lá fora, mas abre-se um nascer do sol aqui dentro. Se este sol vai durar dias, meses, anos, eu já não sei, é querer saber demais. Tem coisas que não se explica, vivê-se e ponto final.
Mais uma vez fiz de uma blusa, um cobertor para dois. E não me sinto nem um pouco culpado por isso.
Guilherme Vilaggio Del Russo
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Permitam-se!
Juntos com os riscos no calendário, o lápis pede para que eu escreva uma palavra, para ser mais justo, um verbo que vai resumir este 2008: permitir.É isso mesmo. Chega de pudores, chega de ações que ficam só no campo dos pensamentos!
Me permito por exemplo, acordar de mau humor e esticar meu horário de almoço. Não é todo dia que você quer trabalhar, e nem por isso você deve-se sentir um má pessoa. Permito-me ficar triste por 2 ou 3 dias, mas somente dentro de um mês. Não quero forçar sorrisos. Me permito ser menos discreto e sair da sala da faculdade quando quiser. Não vou me lembrar das aulas sobre Fotografia, mas certamente das conversas no bar mais próximo. Ou alguém se lembra das notas da escola?
Me permito bagunçar meu quarto, sem me preocupar, mesmo que isso provoque a ira de meus pais. Aliás, também me permito argumentar com eles quando necessário. Eles são seres humanos e também erram. Não quero mais pessoas descartáveis! Me permito também ME bagunçar. Tenho o direito de estar confuso também e vou me valer disto este ano. Me permito ir ou não com sua cara, e também não tenho obrigação de te agradar. Me permito ficar mais rouco. Tem certas emoções na vida que só se sentem uma vez na vida e é preciso espernear mesmo.
Me permito dever no banco, um mês ao ano, mas que o mês seguinte passe voando. Não quero fazer minha barba toda semana, nem usar roupa social. Afinal, sou reconhecido pelo meu trabalho ou pela minha aparência? Ano passado, senti saudade dos meus pais, então me permito passar uns 2 ou 3 dias só com eles, curtindo alguns poucos bons momentos em família. Permito-me brincar mais com meu cachorro e juro!, prometo me permitir ser menos emburrado. Vocês podem não acreditar, mais me permito confiar mais na política brazuca, “ só de sacanagem!” só para ir contra a corrente, não é possível que tudo seja tão ruim neste mundo , e ponto final. Não importa o que ninguém quiser argumentar, em um Brasil melhor, eu vou sempre acreditar.
Puxa, permito tanta coisa que e ao mesmo não quero pedir permissão para nada. Vou simplesmente ir lá e vou fazer. Mas por fim, permito-me ser feliz, ser impossível, ser um pouquinho mais. A vida é hoje, o tempo é o agora e a gente nunca sabe do amanhã. O gesto que eu deixei para ontem, já não me cabe mais hoje. Portanto, permito-me ser e estar pra sempre neste 2008.
Permitam-se.
Guilherme Vilaggio Del Russo
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Imaginem um lugar...
Um lugar onde você deixaria de lado a opinião dos outros e se preocuparia tão somente com o seu bem estar. Ah, imaginem um lugar onde vocês não precisam colocar roupas que a sociedade exige que utilizemos, onde suas contas ficariam em segundo plano e o programa da vez seria o trabalho voluntário!Um lugar para poucos, para estranhos, para raros. Respiraríamos boas energias, e o bom humor teria sempre lugar no coração das pessoas. Um lugar de pessoas de livros nas mãos, de opiniões formadas, incomodadas com o que não faz sentido neste mundo ridículo e mesquinho de hoje, com suas idéias e ideais. As piores armas deste lugar de poucos, seriam nossas próprias palavras, assim como delas viriam as mais belas lindas canções e textos.E só.
Aqueles “enfeitados” de fingimento e meias-verdades não entrariam. Os sonhadores seriam os porteiros deste lugar e os verdadeiros artistas! Um lugar onde não existem melhores, nem piores, todos seríamos uma coisa só, num único lugar. Lá não importa o que você é ( ou finge ser), importa o que você traz de verdade por dentro de suas palavras, ações e sentimentos.
Mas pensar neste lugar também me causa uma ponta de tristeza. Tristeza de pensar que ele só existe dentro um texto num pedaço de papel. Que ele anda tão distante de nós...
Pensem: você é apto a entrar neste lugar “Só para loucos e Só para raros?”.
Façamos valer a pena nossa entrada!
Guilherme Vilaggio Del Russo
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Um Tanto Assim-Assado
Enfim, hoje é o dia te mostrar que mudei, quando na verdade ainda sou o mesmo. Continuo tentando lhe agradar, não só usando a mesma camisa, mas também me usando de sorrisos e planos que saem da minha boca simplesmente para te entreter. Hoje, sinto uma leve frustração de falar tanto no futuro e continuar “brincando” com o que já não faz parte do meu dia-a-dia. Estou mal por ver que estou parado e você cada vez mais distante e mais no futuro.
Cá, estou novamente, vivendo o que já não tem sentido, cá estou eu vivendo o meu passado.
Mas, não há de ser nada, eu sei que o futuro está me acenando lá na frente. É só eu que não quero lhe responder. Por enquanto.
Guilherme Vilaggio Del Russo
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Veio com a chuva
Milena Lieto Samczuk
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Mas a Esperança persiste em dormir do meu lado...
Olho para inúmeras janelas e vejo olhos cintilantes, alguns quase piscando no ritmo de seus pensamentos. São olhos com um certo vazio, sem expressão, como se quisessem, que este dia acabasse logo para que, sem demora, pudessem viver o outro dia, esperando por surpresas que eles mesmo tem absoluta certeza que não vão acontecer. Eles buscam sonhos que não vão se realizar, pelas mesmas ruas e calçadas que passam todos os dias, nos mesmos horários e com a “farda” de serem adultos. Estão no caminho errado, isso é fato.
Que grande bobagem!Tenho absoluta certeza que de que se perguntar a eles: “Ei, porque não joga tudo pro alto e vai buscar o que te faz feliz?”, eles me responderão numa mentira quase ilusória, mas certamente covarde: “Sou feliz assim.”. Mas não são. Eu vejo, vejo sim, vejo cantos serem entoados em baixo volume, vejo versos narrados e contidos com pudor, vejo conversas que nunca serão travadas.
Mais um dia chato. Saímos com a certeza da certeza de que não teremos incertezas. Complexo não? Este é o ser humano, com seus olhos cintilantes alguns quase piscando no ritmo de seus pensamentos. Se todos, por favor me incluam neste meio, vivêssemos nossos sonhos, o mundo seria uma somatória de grande sonhos-realidade. Mas a realidade é oposta.
Fui obrigado por uma mão inquieta, sedenta por um texto que pudesse mostrar que ainda dá tempo para mudar, apesar deste cotidiano “vazio no olhar”. Tenho esperança. Ah, essa maldita que persiste em dormir ao meu lado...
Guilherme Vilaggio Del Russo
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Pai...
Venho a público dizer que, apesar de algumas reclamações, não troco nenhum dos nossos poucos domingos passados juntos, de tarde, vendo o futebol-nosso-de-cada-dia, nosso chimarrão e as bolachas de chocolate. Não quero, tampouco, o fim de nossas conversas sinceras, sermões, nem de nossas brigas. Elas me fizeram chorar, sorrir, questionar, melhorar. Mas enfim, me formaram como sou. Mas do que isso, você me ensinou o que é preciso para ser um homem de verdade. E também foi homem para me obrigar a nunca me contentar com a mesmice, mas também foi menino para me pedir ajuda ( “Filho, só somos eu eu você agora, me ajuda..” ), quando meu avô nos deixou.
Herdei de você este medo de chorar na frente dos outros, o não “Saber perder” e um humor sarcástico ( além da miopia e da barba tão falhada ). Mas o que realmente levo comigo é o ensinamento que estamos nessa vida de passagem e que eu tenho poucas chances, como essa, de dizer sinceramente que te amo. Que eu sei que você não ficará aí para sempre, mas que em essência você continuará comigo.
Parabéns, que possamos abrir esta garrafa de Champagne, mais inúmeras vezes.
Te quiero viejo, con todo amor,
Guilherme Vilaggio Del Russo.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
A gente é do tamanho dos nossos sonhos.
Sonhar é se aproximar de um futuro que parece distante, é forma de não cometer erros futuros, é estar mais perto de Deus e saber ouvi-lo, é abrir a porta do querer e poder, é traçar caminhos e alcançar objetivos.Já imaginou se usássemos todo o tempo que costumamos nos queixar para chegar um pouco mais perto deles? Sonhar também tem seu preço. Consigo ver nos olhos de alguns uma mágoa, eternas decepções de não terem chego lá, de terem se perdido no meio do caminho. Acostumaram-se com um sorriso discreto, de canto da boca, com uma vida sem expectativa, vidinha-mais-ou-menos. E depois, estas mesmas pessoas vêm dizer, mentirosas, que não tiveram tempo, que não tiveram chances, ou que não puderam. Não, não me digam que não podem!
Faço do meu sonhar o meu café da manhã, indispensável, de todos os dias. Sou egoísta a ponto de me dar 5 minutos diários para ser quem eu quiser, de me permitir sorrisos sinceros, de abrir o coração pra mundo, de não ter pudor de ir adiante. Faço do meu sonhar meu ganha pão, para que depois o meu ganha pão seja fruto do meu sonhar (de hoje). Este meu sonhar, é o jeito nada tímido de dizer ao mundo “Sou gente grande”, sem perder o espírito e o brilho nos olhos de um menino. Sonhos... quem não os têm não sabe o que real significado de viver. Ah, e não me digam que não podem. Por favor, não mintam para si mesmos.
Você é do tamanho do seu sonho.
Guilherme Vilaggio Del Russo
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Eu sou feita de vontades
Abandonada aos meus próprios calcanhares eu entendi que o meu caminho nunca ultrapassou o ponto de partida. Sigo parada, com pés de estacas, cravados na terra.
Não sei o que vou pedir quando eu ver uma estrela solitária no céu. Justo eu que estou sempre querendo alguma coisa. E quando não houver mais nada para querer? Acho que deixo de existir. Eu sou feita de vontades. E você?
Milena Lieto Samczuk
"Eles só não se pertencem mais..."
Ele até poderia perguntar: “ O outro te faz sorrir?”, mas ouviria dela, de modo seco e sincero: “O outro não me faz chorar”, e ela teria toda a razão. Ele a abandonou e hoje ele é o retrato do abandono. O Abandono dos sentimentos, das lembranças boas e ruins, do prazer caso estivessem juntos. Ele continua a se desculpar, mas isso já não tem mais sentido.
É claro que eles vão se ver, é claro que eles não se esqueceram e algumas músicas continuarão tendo o mesmo sentido de antes. Mas do que importa esse passado se o que vale é viver intensamente o hoje? “Eles ainda pensam um no outro, apenas não se pertencem mais.”Sempre vai existir amor, ele só não será usado.
Guilherme Vilaggio Del Russo
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Dejavú
É, quem sabe não seja você a minha nova foto no mural.
Adendo ao texto, algumas horas depois:
É triste conquistar aquilo que temos certeza que nunca será nosso.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Leve e à vontade como as nuvens que tomam a forma daquele rosto. Eu vou me jogar ao vento, ao acaso do momento.
Milena Lieto Samczuk
"Não há novas mensagens..."
E qual a nossa tristeza quando vemos simplesmente que em nossas vidas, não “Há novas mensagens”. Que ainda buscamos nas últimas ligações, números que já não condizem com a realidade, que já não fazem sentido algum. Ah, que atire a primeira pedra quem nunca buscou no celular uma chamada perdida! Uma esperança te invade, você se prepara para que o desconhecido lembre-se de você. Simplesmente, “não há novas mensagens”.
“Você tem <>, um recado novo”, e o recado é meu. Com o passar do tempo você aprende que quanto mais ligações fazemos, mais difíceis de que elas nos retornem. Quem procura, não acha, mas quem deseja, realiza. Cliquemos menos no chamar e mais no tão somente atender. Apague as últimas ligações, inclua novos números, talvez seja a hora de estarmos menos “ocupados” em achar a pessoa certa. A gente aprende que, ser feliz, é receber apenas uma, ( não duas, nem três, quem dirá 7 mensagens!), mas apenas uma que sempre fará a diferença.
Deixe seu telefone para lá.
Quando você menos esperar, ele vai tocar...
Saber esperar é virtude de poucos!
Guilherme Vilaggio Del Russo
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Passado mais que perfeito.
Sinto noltalgia daquilo que ainda virá...
Guilherme Vilaggio Del Russo.